A próxima era da transmissão desportiva​

A mudança é constante. Se é fã de futebol, já sabe que a Amazon obteve os direitos de transmissão de 80% dos jogos da Ligue 1 francesa até 2024. A decisão da Amazon de começar a transmitir jogos em direto não está a acontecer apenas em França.

No Brasil, a Amazon Prime vai transmitir mais de mil jogos, incluindo o Campeonato Brasileiro, a Taça do Brasil e outros. Estas mudanças levantam uma questão: o que podemos esperar nos próximos anos em termos de cobertura desportiva em direto?

A mudança de comportamento das novas gerações tem forçado a indústria a criar novas formas de engajamento para os fãs do esporte. De acordo com um inquérito do Facebook, 86% dos adeptos de desporto utilizam o telemóvel enquanto vêem televisão. Por isso, é necessário criar uma estratégia de conteúdo multiplataforma. 

Este cenário permite a entrada de diferentes empresas como ferramentas de transmissão desportiva. Hoje, existem as próprias televisões das ligas, como a Conmebol TV, grandes empresas que já tinham serviços de streaming (Amazon, DAZN), e redes sociais que também já têm a expertise de transmitir conteúdo ao vivo para milhões de usuários (Facebook, TikTok, Twitch).

Outro exemplo aconteceu em Espanha. A Kosmos, a empresa do jogador de futebol do FC Barcelona, Gerard Piqué, comprou os direitos de transmissão da Ligue 1 francesa em Espanha. A empresa já tinha comprado os direitos televisivos da última Copa América para transmitir a competição no Twitch.

A mudança na forma como o conteúdo desportivo é consumido aumenta as possibilidades comerciais para os profissionais de marketing desportivo. As possibilidades são inúmeras. Assim como a televisão revolucionou a forma de assistir futebol – muitos chegaram a acreditar que seria o fim do público nos estádios – o mesmo acontece com esses novos canais de streaming.